terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O País do Carnaval

O livro “O País do Carnaval” de Jorge Amado é um romance de bastante valia para a literatura brasileira. Apresenta profusão de peripécias, intrigas e aventuras. Caracterizada por suas personagens marcantes.

O nome dos personagens é entendido como de pessoas de classe média, pela formulação composta e as ações decorrentes no romance. Pela maneira exposta pelo autor, podemos ver a presença do protagonista, Paulo Rigger. Chegando do exterior ao Brasil, que há muito não visitava. Sobre ele seguiam as principais ações dinamizadoras do enredo, a quem o texto dedica maior pormenorização de atitudes e emoções.

Como antagonista aparece Pero Ticiano. Suas atitudes provocam o surgimento de conflitos, cuja superação conduz às transformações. E os outros amigos são personagens secundários. Viviam a discutir a questão da felicidade e a finalidade da vida.

Pedro Ticiano não cria em nada, vivia por viver. Dizia que a verdadeira felicidade estava no fim dos dias de cada um – morte –. Paulo Rigger estava sempre aberto a opiniões e não tinha uma posição concreta, sempre indeciso. José Lopes na literatura e os outros sempre em questionamentos.

A história no início transcorre no Rio de Janeiro, em meio ao carnaval, posteriormente em Salvador. O narrador, nas poucas vezes que interfere no desenvolvimento é onisciente, dispõe de todos os elementos que considera necessários à compreensão da narrativa, sem qualquer limitação.

O título foi utilizado com ironia e sentido de ambigüidade. “O País do Carnaval”, por quê não, “Estado do Carnaval” ? Pelo fato de acontecer em foco festivo no Rio de Janeiro. O Brasil foi mostrado no geral como um país festeiro, onde as pessoas se apegam ao prazer da carne. Ficando desligadas, desatentas com o que acontece. Só pensam em festas e acabam perdendo a essência da vida, a qual não é encontrada por alguns dos personagens.

O autor tem uma linguagem oral marcante, aproximando-se da técnica do “contador de casos”. Apresenta-se razoável, espontâneo, alcançando a compreensão do leitor, mesmo o de pouco trato com a leitura.

É, entretanto um dos maiores escritores brasileiros, um excelente contador de casos. Como característica própria, retrata o regionalismo nordestino – Salvador –, e também aspectos pitorescos do cenário: a Bahia.

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