terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Mecanicismo Mental

Não podemos brincar, falar o que queremos ou escolher a roupa que vamos vestir, sem a preocupação se seremos ou não criticados por isso. Somos reprimidos, violentados em nosso dia-dia brutalmente com imperativos colonizadores. “compre isso”, “compre aquilo”, e fazemos de tudo para conseguir realizá-lo, simplesmente para entrar na “moda”.

Todos, exatamente todos tem esse pensamento, inclusive um mísero trabalhador que se “mata” pra conseguir o pão de cada dia. Faz de tudo pra comprar esses produtos, conseguir se “integrar na sociedade”.

Isso acaba causando um aprisionamento na mente das pessoas, que consomem, consomem e só consomem. Segundo Vicente Barros, professor de Ciências Atmosféricas da Universidade de Buenos Aires, na Argentina, o alto consumismo vem aumentando proporcionalmente com os efeitos climáticos do planeta. Completa dizendo: “O comportamento consumista não afeta apenas o clima, mas sobretudo as relações sociais”.

Ou seja, é “matar dois coelhos com uma cajadada só”, se camuflam a qualquer custo. Não tem liberdade para serem felizes, livres! Como mostra Josiane Soares em “Sem tino”, abusando de pensamentos implícitos no texto, sem destino, sem noção de tempo, sem limitações.

Ou seja, teoricamente somos donos do nosso próprio nariz, mas na prática isso raramente se aplica. Sem percebermos estamos caindo numa armadilha capitalista aqui ou ali. Não temos liberdade de escolha. Dois bons exemplos disso são a homossexualidade e o racismo que são os dois assuntos mais discutidos e discriminados pela sociedade.

Como no texto “Fonema da Alegria” de Thiago de Melo, que a abordagem é justamente relacionada às ações das pessoas, que fingem ter aceitado as diferenças, como os dois exemplos acima. Geração de oportunistas monetários.

Explicita ainda que a sociedade é mista, na frase: “Os poucos vai unindo argila e orvalho, tristeza e pão, cambão e beija-flor, e acaba por unir a própria vida”. Resultado da miscigenação, mistura entre idiomas, etnias e afins.

Assim vamos vivendo, sob materialismo e máscaras, submetidos à mentira e farsa. Essa é a relação entre os dois textos, pensamentos que guiam a um mesmo propósito: mostrar o quanto somos medíocres e imaturos diante disso tudo. Pena que seja uma pseudo-mediocridade.

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