quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O sufrágio da Globalização

Com o advento da possibilidade de abrangência de capital, alavancado no âmbito histórico do Imperialismo monopolista do capitalismo, e consequente acúmulo de lucro, países passaram a disputar mercado em escala global de forma extremamente rápida e arriscada. Dá-se a esse processo o nome de Globalização, com papel de disseminar igualitariamente conhecimento, recursos e capital.

Podemos ver a globalização com olhos positivos em sua teoria. Pois, segundo sua definição,

“o termo globalização designa um fenômeno de abertura das economias e das respectivas fronteiras em resultado do acentuado crescimento das trocas internacionais de mercadorias, da intensificação dos movimentos de capitais, da circulação de pessoas, do conhecimento e da informação de forma homogênea.”


Como vemos, na prática isso não acontece. Poderíamos ter uma participação mais efetiva de todos os países nas relações internacionais, inclusive os atualmente chamados emergentes. Mesmo que isso seja fato, devemos compreender que a globalização – pro bem ou pro mal –, envolve multidimensões, que participam ativa ou passivamente.

As desigualdades são explicitamente desenvolvidas e o sentimento de humanidade é deixado de lado. O que vale é o que uma nação tem a mim oferecer financeiramente, seja psicologicamente, seja com implantação de multinacionais por exemplo. Abordagens econômicas e não-econômicas dominam os debates acadêmicos.

Não se tem – como princípio básico da globalização –, a abrangência de tecnologias equiparadas em todo o mundo. Têm sim, tardia em países pouco desenvolvidos industrialmente e versátil em outros oligopólios e bancos globais que concentram as decisões políticas e econômicas. Característica marcante deste século capitalista, com intensificada concentração e centralização de capitais, com expressivo crescimento de filiais estrangeiras – em foco – nos países subdesenvolvidos. Por quê? Porque a mão-de-obra é muito mais barata e pode pagar a pelo menos quatro peões com valor que pagaria a apenas um no país sede (exemplo da dispersão de capitais).

É claro que a globalização não pode ser analisada apenas sob esse prisma da competitividade, mas é a que prevalece, prepondera. Pois, por trás, existem nações que mantém o pilar. Segundo Fiori[0], esse é “um erro analítico que, nesse caso, cumpre a função ideológica de reduzir o processo da globalização a um fenômeno material, tecnológico/ produtivo [...], confundindo-se intencionalmente a irreversibilidade da globalização econômica com a inevitabilidade de determinadas soluções [...]”.

Ou seja, por mais que se discuta, analise ou critique, não adianta querer uma solução se não se faz nada em prol, e pior, “sou” um dos causadores do dito “problema”. Durante o processo de globalização se percebeu uma progressiva retirada da intervenção do Estado na economia. Acontece que, para o capital, o Estado pode exercer o papel de interventor em certas trocas e/ou se tornar um forte concorrente, com regulamentação do mercado de trabalho, da política tributária, entre outros. Levando a uma predominância global das nações fortes mais ofensivas sobre as nações mais fracas.

No auge do capitalismo, fica ainda mais difícil se alcançar a igualdade. As ações e atitudes a cada dia mais e mais reforçam a submissão às exigências das principais potências mundiais. A globalização, ao mesmo tempo em que acelera os ganhos de grandes capitais, concentra e centraliza o capital. A disputa ressuscita a cada nova oportunidade de elevação, em que alguém tem que perder para alguém ganhar. Somos livres? Vivemos numa democracia? Será que realmente temos liberdade de expressão e escolha?

Para Fiori, os novos colonizadores carregam calculadoras em vez de armas. Os ternos sobrepõem às fardas. Pregam o evangelho do livre mercado, não da religião missionária. Os novos colonizadores são os grandes domadores do poder e do capital, dos países de Primeiro Mundo, liderada pelo World Bank e pelo Fundo Monetário Internacional [...] mas precisamos de organizações para estabelecer padrões. Senão países em desenvolvimento serão (são) excluídos de tudo no mundo. Como as nações “inferiores” não tem para onde correr, submetem-se. Resgatando o chamado neo-imperialismo.

Sociedade estereotipada, preconceituosa, desumana, consumista, alienada como burros de carga orientados a olhar só em uma direção. Somos nós, filhos do capitalismo, rotulados e camuflados como idiot savant[1], que compramos a felicidade de um assassino, a honra de um pai de família. A sociedade high tec[2], como define Paulo Sérgio do Carmo em seu livro O Trabalho na Economia Global.

De que servem as flores que nascem pelo caminho?[3] Se já estão infectadas pelo vírus do capitalismo? Obsolescência programada[4], esse – pra mim –, é o termo que resume a era da tecnologia e suas conseqüências negativas na vida das pessoas.

Vamos velejar num mar de lama, Desafinado coro dos contentes[5], vamos fazer com que nossa vontade prevaleça, não a que nossos pais ou amigos ensinam, pois estes também são tendenciosos, mas sim a que desenvolvemos durante nossa vida, a olho nu, sem nos apropriar negativamente.

Viva a hegemonia da “verdinha”, viva a sociedade da máscara[6] vitalícia.



[0](c. 1132 - 1202) Abade cisterciense e filósofo místico italiano, defensor do milenarismo e do advento da idade do Espírito Santo

[1] Do francês, Sábio idiota.

[2] Do inglês, Alta tecnologia.

[3] Trecho da música “Inútil Paisagem”, de Tom Jobim

[4]Trecho da música “Terceira do Plural”, de Engenheiros do Hawaii

[5] Trecho da música “Pose”, de Engenheiros do Hawaii

[6]Música “Máscara”, Pitty

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A caminhada...

Nascer...
Crescer...
Conquistar amizades, colégulas, namoros
Criar um vínculo vitalício parafraseado
Estudar...
Passar de ano, se formar, ter uma profissão
Executá-lo como se fosse a única coisa que valesse a pena nessa vida
Obter sucesso, fama, reconhecimento/repúdio dos interesseiros
Ter uma família, mulher... filhos... rugas... Experiências e tempo
Tempo para perceber que tudo não passa de uma farsa
De uma ilusão alusionada por nossa "sociedade querida"...
Os filhos crescem e voam, voam para onde voamos ao deixar nossos pais...
Termina a carreira profissional e social...
Corroídos pela a ação agiota temporal
Desfalecidos, roubados, maltratados, amaldiçoados...
É o que somos...
Apesar de todas as conquistas...
Vitórias... Glórias... Cria... Sobejos!
Acabamos deitados numa cama estranha de madeira...
Com medidas previamente estabelecidas a nós...
A vida, escopo dos barões... Impreterível? In-Felizamente
Pestanejar... "Em vão?"
Abono em Uníssono...
Decair...
Lamentar...
Sofrer...
Morrer...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Os Moct’s e a Informática

Desde a década de 1920, a sociedade vem sofrendo influência de Modelos de Organização Científica do Trabalho (Moct’s). São eles o Teylorismo, Fordismo e o Toyotismo. Todos, de alguma forma, perduram até os dias de hoje sobre os mais variados campos do mercado d e trabalho.

A base do Taylorismo era o contraposto entre rendimento financeiro e o rendimento do trabalho. O monitoramento do trabalhador era cronometrado, com vistas a verificar os melhores “bois”.

No Fordismo já se verifica a fragmentação das atividades, implementação da linha de montagem, o aumento de salário e a compensação. Mas a principal característica que predomina é o Skinner, o trabalho em troca de um adicional.

O que definia o Toyotismo era a Polivaência: legitimidade nas atividades que alguém tinha. Ele só se diferencia do Fordismo neste ponto. A variedade hábil do trabalhador, o multitarefa.

A meu ver, esses modelos estão presentes em nossa vida desde quando nascemos, quando nossa saúde é caracterizada pelo médico comparativamente a outras crianças, ou seja, se somos ou não “bons” indivíduos. Traços do Teylorismo. Profissionalmente as que sobressaem são o Fordismo e o Toyotismo.

A sociedade capitalista deste século XXI nos obriga, espelhados em precedentes, a seguir o padrão e buscas melhores qualificações para que, num futuro próximo possamos ter uma boa casa, um ótimo emprego, família e, substancialmente, dinheiro. Isso é considerado estabilidade vital. São características do Fordismo (qualificar-se para ter) e do Toyotismo (ser pro ativo).

Sabemos que a informática é uma área extremamente ampla, o que a deixa proporcionalmente ligada ao Tyotismo. O mercado de trabalho de nosso século exige, acima de qualquer coisa, a flexibilidade do trabalhador, ou seja, saber mais. Podemos ver um exemplo no livro “O Monge e o Executivo” de James Hunter. Tem-se um administrador que, à procura de respostas e formas alternativas de executar seu trabalho, procura um monge, que o instrui.

Ciência da Computação é um campo da informática que abrange praticamente todas as ramificações desta área. Sofre portanto, influência do Toyotismo, pois quando se forma pode-se escolher um dos ramos e especializar-se, ou executar o máximo das subdivisões vistas, o que, com certeza, irá renomá-lo em todos os sentidos, é claro que as habilidades individuais são levadas em conta (polivalente).

É como no livro “Pantagruel” de François Rebelais. Em uma passagem o personagem Panúrgio ao discutir com seu patrão, dono de uma embarcação de ovelhas. Revoltado com suas condições laborais e a negação de aumento salarial, resolve comprar uma das ovelhas de seu patrão. Em seguida jogou-a no mar, todas as demais foram atrás. Panúrgio detinha habilidades extravasadas à função exercida e queria ganhar mais porque sabia mais, é tanto que o foi o único a ter essa idéia. Mais um discípulo do Fordismo/ Toyotismo.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Anti-(Sul-Frágil/ Norte-Forte?)

Eu, pequeno. Mundo vasto, vasto mundo. Rua padaria pão pessoas, prismas de meia-lua. Preconceito cor triste melancólico choroso. Casa porta TV. Cozinha comida, aluado. Estudante livros festas mulheres... caras! Negro pobre, segundo, último.

Miséria, pobreza ignorância burrice idiotice. Cinema, bares, universidades, apartheid, brancos ricos. Contradição homogeneidade Eu-genia unidade. Prestígio cor lugar, centro atenções. Negatividade, pedra sapato depressão. Política politicagem políticos! Dinheiro cueca mensalão avião. Problema altura acima possível tudo, características singularidades, peculiaridades.

Dinheiro televisão imprensa massa. Mínima e negra cor, isolamento endeusamento, paradoxo étnico. Literatura chibata Fernando Granato Ferréz. 1900 Literário Lima Barreto. Sucesso música. Silhueta vinheta punheta buceta. Mágico de Oz, Nego Drama, Vida Loka, Racionais, Bob Marley Facção Central, Martin Luther King. Talento, neutralidade, negligência, Zumbi, Zumbi dos Palmares, Zumbi D’outros mares; Zumbido.

Biblioteca livro autor... sonho. Alusão confusão ilusão. Conflito raças, não, financeiro capitalista. Negro alvo discriminação. Alcunha: negrume negrura escuro lusco fusco sombrio, preto! Prejuízo crendice superstição. Crime lei xadrez, ressentimento.

Indigência penúria, perverso malvado infame lastimável, intolerável. Negociata polícia corrupção propina contrabando. Revolta casa violência rua arma tiro. Rua pessoas nomes choro mãe pai mulher filho filha, carro caixão necrotério antro, morte. Eu-tanásia. Sobre-vida.

terça-feira, 19 de maio de 2009

AS VERTENTES DA VIOLÊNCIA URBANA

Uma das questões mais discutidas e cada vez mais presentes no dia-a-dia das pessoas é a violência urbana. Suas causas são sempre as mesmas: miséria, pobreza, má distribuição de renda, desemprego e desejo de vingança.

É um tema extremamente amplo, portanto, todos os setores da sociedade influenciam direta ou indiretamente na disseminação da violência. Os governantes não exercem o seu papel como deveriam, o poder concentra-se na mão da minoria exploradora. A facilidade de se adquirir armas de fogo de pequeno e grande porte, a grande depressão por parte da grande maioria negligenciada que não consegue o primeiro emprego juntos desenvolvem um sentimento de revolta, de inconformidade.

Estereótipos acerca de áreas geograficamente periféricas e socialmente abatidas com menos investimento em saúde, educação, esporte e outros são criados de forma absurdamente preconceituosa, ou seja, a violência se alastra não necessariamente pela pobreza em si, mas por fatores que recaem sobre a sociedade, que se “policia” a aparecer, sente a necessidade fazer algo que traga algum retorno, como não encontra apoio na sociedade, parte para a “fuga da desgraça“: o crime, o consumo e o tráfico de drogas.

O Sociólogo Luis Antônio Francisco de Souza afirmou em discurso que “A pobreza não é causa de violência. Mas quando aliada à dificuldade dos governos em oferecer melhor distribuição dos serviços públicos, torna os bairros mais pobres mais atraente para a criminalidade e a ilegalidade”. O que falta é uma boa ação social que capacite pessoas para lidar com as mais variadas personalidades existentes nas favelas, não que vá reprimir com violência, ignorância, mas com adaptação, diálogo, atividades práticas, entendimento e abertura de oportunidades para essas pessoas.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Não queira no passado. Pretenda pro futuro. Faça no presente.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Meio Ambiente: Afinal, o que fazer diante de tantas divergências?


Todos nós sabemos que uma das principais conseqüências da ação humana são o aquecimento global e suas vertentes. O físico indiano Govindasamy Bala, do laboratório Nacional Lawrence Livermore (Califórnia), discute de uma forma bastante singular a questão.

Com o grande índice de desmatamento, a alta velocidade dos avanços tecnológicos e, consequentemente, a volumosa concentração de gases poluentes causadores do efeito estufa, a temperatura média do planeta sofre um aumento anual considerável. Além do aumento significativo de doenças causadas pelo ar poluído.

Grandes capitais com frequentes fluxos de automóveis, principais emissores de gases nocivos tanto ao meio ambiente quanto ao próprio ser humano. Percebe-se então uma proporção da evolução tecnológica com a redução de áreas verdes no planeta.

Livermore comprovou com auxílio de softwares simulatórios, que a afirmação de que a temperatura planetária está aumentando é equivocada, muito pelo contrário, está diminuindo. Segundo ele, “Árvores não interagem com a atmosfera apenas absorvendo gás carbônico, [...] também atuam de outras formas. Transpiram, e assim aumentam a formação de nuvens, que por sua vez limitam a passagem de luz do sol e diminuem a temperatura aqui embaixo”.


É um assunto de longa discussão, pois até o final de 2008, estudos comprovaram que cerca de 90% do oxigênio liberado no mundo era produzido por algas marinhas, também pela fotossíntese. Ficam várias dúvidas na cabeça da população. “Plantar ou não?”. “Estagnar ou continuar a evolução técnico-científica?”.

Particularmente, considero que as árvores, em conjunto com as algas – não sozinhas -, contribuem de forma que haja um equilíbrio na emissão de oxigênio e absorção de gás carbônico, já que as árvores liberam CO2 à noite. O que acontece é que o número de automóveis movidos a combustíveis fósseis é extremamente grande. Acumulando aglomerados torpes de CO2, o que – creio eu -, justifica a necessidade de uma ação conjunta para incentivo do plantio de árvores.

O certo é cada um fazer sua parte, plantar – na medida do possível -, e consumir menos. Não fazer como “O Consumidor”, texto do ilustre Luis Fernando Veríssimo. É preciso fazer algo. É possível fazer muito. E devemos fazer já.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Alternativa Energética: Supressão ou fome?


Um tema que vem gerando grande polêmica há alguns anos foi discutido pelo representante regional da FAO para a América Latina e Caribe, José Graziano da Silva. Agroenergia, fazendo um link com a teoria do pároco Malthus, que esclarece bem as relações sociais e alimentícias.

Segundo Malthus – em sua época – em meio a conflitos entre a Inglaterra e França, a população estava crescendo absurdamente em progressão geométrica, enquanto a disponibilidade de alimentos crescia em progressão aritmética. Então pensou em controlar a taxa de natalidade.

O que se pensa é na contradição entre produção de alimentos e a substituição das áreas destinadas a tal fim para produzir energia – no nosso caso, da cana-de-açúcar. Tem-se em mente uma espécie de “desfragmentação” e inclusão dos pobres à matriz energética, o que segundo José, Malthus reprovaria.

Como o próprio Graziano diz: “A pobreza é uma consequência das relações sociais e econômicas injustas, não da inelasticidade dos meios de produção, muito menos de atributos individuais (raça, cor, nível educacional, etc.)”. Ou seja, a miséria vem de cima, dos altos níveis de classe social, desigualdade em todos os sentidos. “... Nenhum sacrifício dos ricos poderá aliviar o sofrimento dos pobres, pois eles são os próprios culpados pela sua pobreza”, afirmava Malthus.

Essa alternativa energética – apesar das aversões – vem crescendo em grande escala no Brasil. Como praticamente tudo que existe, essa questão tem o lado positivo e o seu lado negativo. O lado “bom” da história é que diminuiria a dependência do uso de combustíveis fósseis, e a parte negativa – e mais importante, além da ambiental – é a questão social, que a cada dia insiste em “pongar” só para um lado.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

"Penso, logo Existo" ???

Bem, estava em casa pensando e resolvi escrever sobre esse pensamento. Muitos já devem ter ouvido a frase de René Descartes, “Penso, logo Existo”. Pra mim, há certa generalização por parte de René, veja bem, ele está certo ao dizer que tudo que pensa existe, mas nem todo ser existente, pensa.

O que estou tentando mostrar é que René não está totalmente errado, muito pelo contrário, a tese leva a um pensamento lógico e verídico, mas se visto ao "pé da letra", nas entrelinhas, no global ele se equivoca. Então, deu para entender meu ponto de vista? Partindo do pressuposto de que a frase “generaliza” de mais, entendo-a como mais uma questão a se pensar e questionar. Posso está errado, sem dúvida, mas ele poderia ter feito uma restrição na frase, afinal, pedra, lápis, roupas e muitos outros objetos, existem, mas não pensam. Creio eu.

Isaac Asimov brincou com isso em seu livro "Eu, Robô", onde um robô chega à conclusão de que é mais importante do que os seres humanos, simplesmente pelo fato de ele ter desenvolvido a capacidade de pensar e, consequentemente, existir. Jugando os humanos seres inexistentes, que tinham uma missão de um tal "mestre" e que depois sumiriam. E por quê? Porque pra eles - os robôs - não pensamos. Não existimos.

Se alguém discorda de mim – e acho que sim –, comente aqui, sua opinião é de suma importância. Até porque ele era e ainda é considerado um grande filósofo.

Mecanicismo Mental

Não podemos brincar, falar o que queremos ou escolher a roupa que vamos vestir, sem a preocupação se seremos ou não criticados por isso. Somos reprimidos, violentados em nosso dia-dia brutalmente com imperativos colonizadores. “compre isso”, “compre aquilo”, e fazemos de tudo para conseguir realizá-lo, simplesmente para entrar na “moda”.

Todos, exatamente todos tem esse pensamento, inclusive um mísero trabalhador que se “mata” pra conseguir o pão de cada dia. Faz de tudo pra comprar esses produtos, conseguir se “integrar na sociedade”.

Isso acaba causando um aprisionamento na mente das pessoas, que consomem, consomem e só consomem. Segundo Vicente Barros, professor de Ciências Atmosféricas da Universidade de Buenos Aires, na Argentina, o alto consumismo vem aumentando proporcionalmente com os efeitos climáticos do planeta. Completa dizendo: “O comportamento consumista não afeta apenas o clima, mas sobretudo as relações sociais”.

Ou seja, é “matar dois coelhos com uma cajadada só”, se camuflam a qualquer custo. Não tem liberdade para serem felizes, livres! Como mostra Josiane Soares em “Sem tino”, abusando de pensamentos implícitos no texto, sem destino, sem noção de tempo, sem limitações.

Ou seja, teoricamente somos donos do nosso próprio nariz, mas na prática isso raramente se aplica. Sem percebermos estamos caindo numa armadilha capitalista aqui ou ali. Não temos liberdade de escolha. Dois bons exemplos disso são a homossexualidade e o racismo que são os dois assuntos mais discutidos e discriminados pela sociedade.

Como no texto “Fonema da Alegria” de Thiago de Melo, que a abordagem é justamente relacionada às ações das pessoas, que fingem ter aceitado as diferenças, como os dois exemplos acima. Geração de oportunistas monetários.

Explicita ainda que a sociedade é mista, na frase: “Os poucos vai unindo argila e orvalho, tristeza e pão, cambão e beija-flor, e acaba por unir a própria vida”. Resultado da miscigenação, mistura entre idiomas, etnias e afins.

Assim vamos vivendo, sob materialismo e máscaras, submetidos à mentira e farsa. Essa é a relação entre os dois textos, pensamentos que guiam a um mesmo propósito: mostrar o quanto somos medíocres e imaturos diante disso tudo. Pena que seja uma pseudo-mediocridade.

DATAMASKIN

O Datamaskin foi um evento de informática realizado pelo CEFET de Eunápolis, sob a organização dos professores e alunos da instituição, todos ligados à informática. Tivemos várias palestras, oficinas e minicursos. Visando a integração e abrangência do conhecimento na área.

Todos os eventos foram ministrados por professores locais, alunos e convidados pelo centro. Palestrantes como Eduardo Hiroshi Nakamura da Universidade de Lavras (UFLA), Glauber Rocha da Universidade São Paulo (USP), Prof. Dr. Paulo Eduardo Ambrósio da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e muitos outros concretizaram o honroso trabalho. Dentre os minicursos tivemos Programação Java para Web e GIMP/INKSCAPE. Das oficinas tiveram destaque Gerência de Projetos, Segurança de Informações, Metareciclagem e muitos outros.

O ser humano vem “evoluindo” significativamente desde a Revolução Industrial, gerada na Inglaterra. Por conta de vários fatores – sociais, econômicos e históricos – viramos cúmplices e/ou apaixonados pela tecnologia. In-felizmente ela pode desfrutada de forma benéfica por todos, desde que se tem há consciência.

Muitos devem ter se perguntado o por que da escolha desse nome para o evento. Como a ideologia era justamente soluções tecnológicas, nada melhor do que se basear no próprio. Traduzindo o nome temos Data (Dados), Maskin (Máquina), máquina de dados, que é absolutamente pertinente ao assunto.

Sou estudante do Ensino Médio Integrado em Informática, sempre tive uma queda pra esse lado tecnológico. Na verdade, ao ingressar na instituição, achava que a informática se restringia ao simples Word, Exel, Power Point...

Com o passar do tempo vi que estava equivocado, e muito! Ao contrário do que imaginava, a informática é uma imensidão de tarefas, extremamente vasta, com grandes e pequenas áreas para atuação. O Datamaskin chegou pra reforçar ainda mais essa idéia e, consequentemente minha sede por esse mundo tecnológico.

Pra mim, foi um evento de suma importância tanto pra quem e gostava como pra quem ainda estava em dúvida do que queria. Considero a informática uma das maiores e melhores criações do homem. Por isso meu grande ídolo é e sempre será meu amigo Bill Gates. O “Pai do Computador”.

Espero que seja valorizado e que haja um enfoque maior nas próximas edições do Datamaskin. Tanto pelos servidores da própria instituição quanto por professores de outras áreas e ainda a comunidade em geral, não só de Eunápolis, mas de também de toda Região circunvizinha.

Meu sonho, que já estava à falência, voltou à ativa. A ânsia em descobrir sempre mais está à “flor da pele”! Correrei atrás até o último minuto a fim de aproveitar e repassar essa proeza que é – literalmente falando – a tecnologia.

Recomendo – aos que gostam – que vão a fundo na questão, pois é uma coisa que ao mesmo tempo pode ser divertida ou séria. Vamos fazer a “banda tocar” e prosseguir firme com esse grande e importantíssimo evento anualmente. Uma ação – de certa forma – de Inclusão Digital.

Acho que da mesma forma que me abriu os olhos pode, sem dúvida alguma, encontrar implícito por aí, muitos talentos e promessas futuras.

Enclausuramento Emocional

O ser humano tem um poder incrível para manipular suas ações e principalmente da totalidade humana. Do ponto de vista tanto positivo como negativo, a ponto de rebaixar ou subestimar qualquer um. Essa relação também – e quase sempre – é vista nas formas de “amar” das pessoas.

O amor virou sinônimo de “pegação” para os homens, e calote para as mulheres. Isso é bastante explícito no poema “Aí! Se Sêsse!” de Zé da Luz, que explora a linguagem coloquial regional, criticando o preconceito que se tem do Nordeste, cuja linguagem – para muitos – é demasiada errônea.


Nesse poema o autor quer demonstrar que para se amar, a linguagem formal é relevante. Leva-se em conta a expressão que se usa para passar a mensagem, e quem está a falar. E claro, o que se quer transmitir. Mostra que o amor não tem distinções de raça ou nacionalidade, apenas que se saiba praticá-lo.

Zé da Luz utiliza dessa linguagem com bastante emoção e prazer, mostrando ser bastante importante essa questão. Como se essa fosse a única coisa de valioso que temos, uma pessoa que te entenda. Te valorize, e corresponda a esse amor verdadeiramente.


Mas não é o que parece existir, ama-se pelo que supõem dos outros, pelo que tem ou acham ter. É o famoso e global interesse. Pois é, o capitalismo a cada dia que passa, tenta ser passado de forma camuflada pelos políticos e fisga milhares de pessoas por aí. Que parecem crianças imaturas que não sabem o que estão fazendo. Equivocam-se!


É claro que em meio a isso tudo, podemos encontrar aqui ou ali um pouquinho de bondade, ainda se vê – claro que dificilmente – amores verdadeiros –, porém o peso está em novelas, que infelizmente não passa de pura ficção.

Cada um tem livre arbítrio para escolher o que fazer e com quem fazer, podendo chegar ao ponto de um desnorteio significativo. Como diz Josiane Soares em “Poema Bobo”: “Sendo você, palco; quero ser artista”. Ou seja, submete-se aos gostos e prazeres do outro em busca de uma compatibilidade sentimental. Como o próprio nome já diz, a sintonia que o amor transmite leva à "bobicidade", fazendo de tudo para que o relacionamento dê certo.

Quanto não se ama, exagera! Como o caso da garota Eloah, vítima de crime passional. É claro que não é a única, existem milhares de “Eloahs” pelo mundo.


Devemos amar acima de tudo, porque o amor purifica a alma e abre horizontes, não há coisa melhor nesse mundo – pra efeito físico-psicológico – que amar. Por isso ame, ame sem olhar pra trás! Ame conscientemente.