terça-feira, 19 de maio de 2009

AS VERTENTES DA VIOLÊNCIA URBANA

Uma das questões mais discutidas e cada vez mais presentes no dia-a-dia das pessoas é a violência urbana. Suas causas são sempre as mesmas: miséria, pobreza, má distribuição de renda, desemprego e desejo de vingança.

É um tema extremamente amplo, portanto, todos os setores da sociedade influenciam direta ou indiretamente na disseminação da violência. Os governantes não exercem o seu papel como deveriam, o poder concentra-se na mão da minoria exploradora. A facilidade de se adquirir armas de fogo de pequeno e grande porte, a grande depressão por parte da grande maioria negligenciada que não consegue o primeiro emprego juntos desenvolvem um sentimento de revolta, de inconformidade.

Estereótipos acerca de áreas geograficamente periféricas e socialmente abatidas com menos investimento em saúde, educação, esporte e outros são criados de forma absurdamente preconceituosa, ou seja, a violência se alastra não necessariamente pela pobreza em si, mas por fatores que recaem sobre a sociedade, que se “policia” a aparecer, sente a necessidade fazer algo que traga algum retorno, como não encontra apoio na sociedade, parte para a “fuga da desgraça“: o crime, o consumo e o tráfico de drogas.

O Sociólogo Luis Antônio Francisco de Souza afirmou em discurso que “A pobreza não é causa de violência. Mas quando aliada à dificuldade dos governos em oferecer melhor distribuição dos serviços públicos, torna os bairros mais pobres mais atraente para a criminalidade e a ilegalidade”. O que falta é uma boa ação social que capacite pessoas para lidar com as mais variadas personalidades existentes nas favelas, não que vá reprimir com violência, ignorância, mas com adaptação, diálogo, atividades práticas, entendimento e abertura de oportunidades para essas pessoas.